Washington Luís Pereira de Sousa foi um historiador e político brasileiro, presidente do estado de São Paulo e 13º presidente do Brasil e último presidente da República Velha.
Foi deposto em 24 de outubro de 1930, 21 dias antes do término do mandato, por forças político-militares comandadas por Getúlio Vargas, na chamada Revolução de 1930. Sua alcunha era Paulista de Macaé, pois, embora nascido no estado do Rio de Janeiro, sua biografia foi toda construída em São Paulo.
Mandato: 15 de novembro de 1926 até 24 de outubro de 1930
Vice-presidente: Fernando de Melo Viana
Precedido por: Artur Bernardes
Sucedido por: Júlio Prestes
Data de nascimento: 26 de outubro de 1869
Local de nascimento: Macaé (RJ)
Data da morte: 4 de Agosto de 1957 (87 anos)
Local da morte: São Paulo (SP)
Primeira-dama: Sofia Oliveira de Barros
Partido político: PRP
Profissão: advogado
Fez seus primeiros estudos na cidade do Rio de Janeiro como aluno interno do renomado Colégio Pedro II. Graduou-se em direito em (1891) pela Faculdade de Direito de São Paulo.
Nomeado promotor público em Barra Mansa, renunciou ao cargo para se dedicar à advocacia em Batatais, onde iniciou a carreira política. Foi vereador em 1897 e intendente em 1898 em Batatais.
Como Intendente, fez uma experiência pioneira de Reforma Agrária no Brasil. Ingressa no Partido Republicano Paulista (PRP), elegendo-se deputado estadual 1904-1905, tendo participação ativa na Assembléia Constituinte estadual de 1905.
Deixou o cargo de deputado para assumir a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, onde ficou até 1912. Em 1910 apoiou a Campanha Civilista de Rui Barbosa.
Incentivou a criação do Automóvel Clube de São Paulo. Percorreu as estradas paulistas e traçou os primeiros projetos para melhorias das rodovias paulistas e para a implantação de um plano rodoviário estadual. Modernizou a Força Pública, atual Polícia Militar com a vinda de uma missão militar francesa.
Instalou a recém-criada Polícia Civil de São Paulo, nomeando apenas funcionário público de carreira, formado em Direito, para o cargo de delegado de polícia, não mais aceitando nomeações pelos líderes políticos locais: os coronéis, que ficaram, assim, com seu poder reduzido. Como prefeito do município de São Paulo, (1914-1919) recuperou e editou os documentos quinhentistas da Câmara Municipal de São Paulo, criou as feiras-livres de alimentos e enfrentou os 3 "Gs" a Primeira Guerra Mundial, a Gripe espanhola (1918) e as greves operárias de 1917.
Recuperou 200 quilômetros de estradas municipais. Patrocinou o primeiro Congresso Rodoviário Estadual e buscou apoio empresarial para investimentos em rodovias.
A sua insistência em priorizar rodovias foi mal vista pelos seus adversários políticos, porém firmemente defendida por Monteiro Lobato, que atribuia o desenvolvimento dos EUA à sua enorme rede rodoviária. Em 1920, chegou à presidência do estado (governador) e consolidou sua posição de comando na comissão executiva do Partido Republicano Paulista (PRP).
Passa brevemente pelo Senado Federal do Brasil após deixar o governo de São Paulo, e em 1925 é escolhido para disputar a presidência da República, como candidato único, apoiado pelo PRP e demais partidos republicanos estaduais, no tradicional esquema de domínio conhecido como política do café-com-leite. Assume a presidência da República em 15 de novembro de 1926.
Sua eleição para a presidência da República foi recebida com grandes esperanças, após um período de agitações políticas. Isento de prevenções e de rancores, Washington Luís libertou todos os presos políticos e até muitos cidadãos inocentes presos injustamente e não prorrogou o estado de sítio que caracterizou o quadriênio anterior, de Artur Bernardes.
Uma de suas realizações foi a rodovia Rio-Petrópolis que, inaugurada em 1928, mais tarde receberia seu nome, pertencente a BR-040, primeira rodovia asfaltada do Brasil e considerada na época como uma grande obra da engenharia civil brasileira; um marco (muitos populares pensavam que as obras foram realizadas por norte-americanos ou outros estrangeiros).
Terminou a Rodovia São Paulo-Rio, iniciada no seu mandato como governador do Estado de São Paulo. Depois da presidencia Washington Luís foi exilado, vivendo muitos anos nos Estados Unidos da América e posteriormente na Europa. Regressou ao Brasil em 1947, recusando-se a voltar à política. Em 4 de agosto de 1957, faleceu em São Paulo, e hoje está enterrado no cemitério da consolação.