quarta-feira, 2 de abril de 2008

domingo, 30 de março de 2008

Washington Luís



Washington Luís Pereira de Sousa foi um historiador e político brasileiro, presidente do estado de São Paulo e 13º presidente do Brasil e último presidente da República Velha.
Foi deposto em 24 de outubro de 1930, 21 dias antes do término do mandato, por forças político-militares comandadas por Getúlio Vargas, na chamada Revolução de 1930. Sua alcunha era Paulista de Macaé, pois, embora nascido no estado do Rio de Janeiro, sua biografia foi toda construída em São Paulo.


Mandato: 15 de novembro de 1926 até 24 de outubro de 1930
Vice-presidente: Fernando de Melo Viana
Precedido por: Artur Bernardes
Sucedido por: Júlio Prestes
Data de nascimento: 26 de outubro de 1869
Local de nascimento: Macaé (RJ)
Data da morte: 4 de Agosto de 1957 (87 anos)
Local da morte: São Paulo (SP)
Primeira-dama: Sofia Oliveira de Barros
Partido político: PRP
Profissão: advogado

Fez seus primeiros estudos na cidade do Rio de Janeiro como aluno interno do renomado Colégio Pedro II. Graduou-se em direito em (1891) pela Faculdade de Direito de São Paulo.
Nomeado promotor público em Barra Mansa, renunciou ao cargo para se dedicar à advocacia em Batatais, onde iniciou a carreira política. Foi vereador em 1897 e intendente em 1898 em Batatais.
Como Intendente, fez uma experiência pioneira de Reforma Agrária no Brasil. Ingressa no Partido Republicano Paulista (PRP), elegendo-se deputado estadual 1904-1905, tendo participação ativa na Assembléia Constituinte estadual de 1905.
Deixou o cargo de deputado para assumir a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, onde ficou até 1912. Em 1910 apoiou a Campanha Civilista de Rui Barbosa.
Incentivou a criação do Automóvel Clube de São Paulo. Percorreu as estradas paulistas e traçou os primeiros projetos para melhorias das rodovias paulistas e para a implantação de um plano rodoviário estadual. Modernizou a Força Pública, atual Polícia Militar com a vinda de uma missão militar francesa.
Instalou a recém-criada Polícia Civil de São Paulo, nomeando apenas funcionário público de carreira, formado em Direito, para o cargo de delegado de polícia, não mais aceitando nomeações pelos líderes políticos locais: os coronéis, que ficaram, assim, com seu poder reduzido. Como prefeito do município de São Paulo, (1914-1919) recuperou e editou os documentos quinhentistas da Câmara Municipal de São Paulo, criou as feiras-livres de alimentos e enfrentou os 3 "Gs" a Primeira Guerra Mundial, a Gripe espanhola (1918) e as greves operárias de 1917.
Recuperou 200 quilômetros de estradas municipais. Patrocinou o primeiro Congresso Rodoviário Estadual e buscou apoio empresarial para investimentos em rodovias.
A sua insistência em priorizar rodovias foi mal vista pelos seus adversários políticos, porém firmemente defendida por Monteiro Lobato, que atribuia o desenvolvimento dos EUA à sua enorme rede rodoviária. Em 1920, chegou à presidência do estado (governador) e consolidou sua posição de comando na comissão executiva do Partido Republicano Paulista (PRP).
Passa brevemente pelo Senado Federal do Brasil após deixar o governo de São Paulo, e em 1925 é escolhido para disputar a presidência da República, como candidato único, apoiado pelo PRP e demais partidos republicanos estaduais, no tradicional esquema de domínio conhecido como política do café-com-leite. Assume a presidência da República em 15 de novembro de 1926.
Sua eleição para a presidência da República foi recebida com grandes esperanças, após um período de agitações políticas. Isento de prevenções e de rancores, Washington Luís libertou todos os presos políticos e até muitos cidadãos inocentes presos injustamente e não prorrogou o estado de sítio que caracterizou o quadriênio anterior, de Artur Bernardes.
Uma de suas realizações foi a rodovia Rio-Petrópolis que, inaugurada em 1928, mais tarde receberia seu nome, pertencente a BR-040, primeira rodovia asfaltada do Brasil e considerada na época como uma grande obra da engenharia civil brasileira; um marco (muitos populares pensavam que as obras foram realizadas por norte-americanos ou outros estrangeiros).
Terminou a Rodovia São Paulo-Rio, iniciada no seu mandato como governador do Estado de São Paulo. Depois da presidencia Washington Luís foi exilado, vivendo muitos anos nos Estados Unidos da América e posteriormente na Europa. Regressou ao Brasil em 1947, recusando-se a voltar à política. Em 4 de agosto de 1957, faleceu em São Paulo, e hoje está enterrado no cemitério da consolação.

Arthur Bernardes




Arthur da Silva Bernardes foi um político brasileiro, presidente dos Estados Unidos do Brasil entre 15 de novembro de 1922 e 15 de novembro de 1926.

Mandato: 15 de novembro de 1922 até15 de novembro de 1926
Vice-presidente: Estácio
Precedido por: Epitácio Pessoa
Sucedido por: Washington Luís
Data de nascimento: 8 de agosto de 1875
Local de nascimento: Viçosa (MG)
Data da morte: 23 de Março de 1955 (79 anos)
Local da morte: Rio de Janeiro (RJ)
Partido político: PRM
Profissão: advogado

Após a conturbada sucessão de Epitácio Pessoa, os Estados de Minas Gerais e São Paulo conseguiram eleger o mineiro Arthur Bernardes como presidente. Entretanto, essa eleição foi de grande insatisfação popular e militar, já que a sociedade da época estava começando a se cansar da política oligárquica que reinava no Brasil.

O governo de Arthur Bernardes foi tão conturbado, que em praticamente todo esse período foi declarado Estado de Sítio. Além disso, o presidente passou a decidir se vetava ou não o direito ao hábeas corpus aos acusados, além de expulsar os estrangeiros que poderiam significar perigos à soberania nacional.

No Rio Grande do Sul o governo se deparou com uma revolta entre o governador do Estado, Borges de Medeiros, que tentava se eleger pela quinta vez consecutiva e os revoltosos. Em 1923 o ministro da Guerra, general Setembrino de Carvalho conseguiu pacificar o conflito.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Epitácio Pessoa


Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa foi um político e jurista brasileirodepois que Rodrigues Alves, eleito em 1918, não tomou posse por motivo de doença. Seu período de governo foi marcado por revoltas militares que acabariam na Revolução de 30, a qual levou Getúlio Vargas ao governo central. Foi ainda deputado federal em duas oportunidades, ministro da Justiça, do Supremo Tribunal Federal, procurador-geral da República, senador três vezes, chefe da delegação brasileira junto à Conferência de Versalhes e juiz da então Corte Internacional da Haia.
Mandato:28 de Julho de 1919 até15 de Novembro de 1922
Vice-presidente:Francisco Álvaro Bueno de Paiva
Precedido por:Delfim Moreira
Sucedido por:Artur Bernardes
Data de nascimento:23 de maio de 1865
Local de nascimento:Umbuzeiro (PB)
Data da morte:13 de Fevereiro de 1942 (76 anos)
Local da morte:Petrópolis (RJ)
Primeira-dama:Maria da Conceição de Manso Saião
Profissão:Professor de Direito
Encontrou-se com o Marechal Deodoro da Fonseca, que lhe foi apresentado por José Pessoa, seu irmão mais velho.Foi deputado no Congresso , quando destacou-se, e aos vinte e cinco anos de idade revelou-se jurista consumado.
De sua atuação na Assembléia Constituinte.Em 1894, resolveu abandonar a política, por discordar do presidente Floriano Peixoto. Depois de muitas contravessas,disputou a sucessão de Delfim Moreira, vice do falecido presidente eleito Rodrigues Alves, vencendo as eleições sem nem ter saído da França.
Sua candidatura foi apoiada por Minas Gerais. Sua vitória foi marcada por simbolismos, pois um presidente paraibano representava uma primeira derrota da política do café-com-leite.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Delfim Moreira



Delfim Moreira da Costa Ribeiro foi um advogado e político brasileiro. Foi presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1918 e 28 de julho de 1919.

Mandato:15/novembro/1918 até 28/Julho/1919
Vice-presidente:nenhum
Precedido por:Rodrigues Alves
Sucedido por:Epitácio Pessoa
Data de nascimento:7 de novembro de 1868
Local de nascimento:Cristina (MG)
Data da morte:1 de Julho de 1920 (51 anos)
Local da morte:Santa Rita do Sapucaí (MG)
Primeira-dama:Francisca Ribeiro de Abreu
Partido político:PRM
Profissão:Advogado

Estudou no seminário de Mariana e cursou Direito na Faculdade de Direito de São Paulo, diplomando-se em 1890. Pertencente à geração de republicanos históricos mineiros, foi deputado estadual de 1894 a 1902, sendo nomeado secretário do interior de Minas Gerais. Delfim Moreira também foi presidente da província de Minas Gerais, de 1914 a 1918. Vice na chapa de Rodrigues Alves durante as eleições, assumiu a presidência em virtude do falecimento daquele, vítima da Gripe Espanhola, até que fossem convocadas novas eleições. No seu governo, o Brasil se fez representar na Conferência de Paz em Paris, pelo senador Epitácio Pessoa, eleito presidente em 13 de maio, em disputa com Rui Barbosa. Logo após a volta do novo presidente do exterior, Delfim Moreira passou-lhe o cargo, voltando à vice-presidência.Quando morreu ainda ocupava a vice-presidência do governo de Epitácio Pessoa. Francisco Álvaro Bueno de Paiva o substituiu.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Venceslau Brás


Venceslau Brás era filho de Francisco Brás Pereira Gomes e de Isabel Pereira dos Santos. Nascido na então São Caetano da Vargem Grande, hoje Brasópolis.

Mandato:15 de novembro de 1914 até15 de novembro de 1918
Vice-presidente:
Urbano Santos
Precedido por:
Hermes da Fonseca
Sucedido por:Rodrigues Alves
Data de nascimento:26 de fevereiro de 1868
Local de nascimento:São Caetano da Vargem Grande (MG)
Data da morte:
15 de Maio de 1966 (98 anos)
Local da morte:
Itajubá (MG)
Primeira-dama:Maria Carneiro
Partido político:
PRM
Profissão:
advogado

Venceslau Brás obteve o diploma de bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1890.
De volta a Minas Gerais, foi advogado e promotor público em Monte Santo, presidiu a Câmara Municipal de Jacuí, e a seguir foi deputado estadual.
Entre 1898 e 1902 foi secretário do Interior, Justiça e Segurança Pública do Estado. Elegeu-se então deputado federal (chegando a líder da bancada mineira) em 1903.
Em 1910 é eleito vice-presidente ao lado de Hermes da Fonseca.
Em 1914, ao término do mandato deste, seu nome foi proposto como medida reconciliatória entre Minas Gerais, São Paulo e os outros Estados, tornando-se ele próprio presidente.
Candidato único, logo de início teve de combater a Guerra do Contestado (crise herdada do governo anterior) e, após debelar a revolta, mediou a disputa de terras entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, tendo sido um dos fatores a dar origem ao conflito.
Enfrentou também diversas manifestações militares, entre elas a Revolta dos Sargentos (1915), que envolvia suboficiais e sargentos.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Hermes da Fonseca



Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca foi um militar e político brasileiro, presidente do Brasil entre 1910 e 1914. Era sobrinho de Manuel Deodoro da Fonseca, sendo seus pais o marechal Hermes Ernesto da Fonseca e Rita Rodrigues Barbosa.

Mandato: 15 de novembro de 1910 - 15 de novembro de 1914
Vice-presidente: Venceslau Brás
Precedido por: Nilo Peçanha
Sucedido por: Venceslau Brás
Data de nascimento: 12 de maio de 1855
Local de nascimento: São Gabriel (RS)
Data da morte: 9 de Setembro de 1923 (68 anos)
Local da morte: Petrópolis (RJ)
Primeira-dama: Orsina Francisca (†1910) - Nair de Tefé
Profissão:
Militar

Nasceu no Rio Grande do Sul por seu pai, sendo militar, ter sido transferido para São Gabriel. Quando o pai foi enviado para a Guerra do Paraguai, a família retornou para o Rio de Janeiro.

Em 1871, Hermes da Fonseca, aos 16 anos, formou-se bacharel em Ciências e Letras e ingressou na Escola Militar, onde foi aluno de Benjamin Constant. Apoiou a República proclamada por seu tio Manuel Deodoro da Fonseca e foi convidado por este a ser ajudante-de-campo e secretário militar após o Golpe. Por ocasião da revolta da esquadra (1893), destacou-se, em Niterói, no comando da defesa do governo de Floriano Peixoto. Preparatória do Realengo, em 1904, reprimiu a Revolta da Vacina, movimento que, em nome da liberdade individual, protestou contra a obrigatoriedade da vacina antivariólica, traduzindo, também, a insatisfação popular mais ampla contra o regime. O presidente Rodrigues Alves promoveu-o a marechal. Desempenhou vários cargos governamentais até se tornar ministro da Guerra durante o governo de Campos Sales. Em novembro de 1908, após regressar de uma viagem à Alemanha, onde assistira a manobras militares como convidado de Guilherme II, foi indicado para a sucessão presidencial. Contou com o apoio das representações estaduais no Congresso Nacional, à exceção das bancadas de São Paulo e Bahia, que apoiavam o nome do senador Rui Barbosa e deram início à campanha civilista. Pela primeira vez no regime republicano se instalou um clima de campanha eleitoral com a disputa entre civilistas e hermistas. Com o convite de Nilo Peçanha para que retornasse ao cargo no ministério, Hermes da Fonseca se fortaleceu e venceu as eleições de 1910 contra Rui Barbosa. Foi o único presidente a casar-se durante o mandato presidencial, sua primeira esposa, Orsina Francioni da Fonseca, com que casou-se em 1878 veio a falecer em 1912. Sua segunda esposa, Nair de Tefé, caricaturista, seria hoje considerada uma feminista - e, em sua longa vida, chegaria a participar das primeiras comemorações do Ano Internacional da Mulher. Durante seu governo, foi editado um decreto instituindo o uso da faixa presidencial no Brasil, sendo ele mesmo o primeiro presidente a usá-la e o primeiro a passá-la a seu sucessor. Desde então, todos os presidentes a recebem na ocasião da posse. Hermes da Fonseca é um dos dois únicos militares a chegar na Presidência de forma direta e eleitoral. O outro foi Eurico Gaspar Dutra.
Ao deixar a presidência, em novembro de 1914, candidatou-se ao Senado pelo Rio Grande do Sul, mas recusou-se a assumir a cadeira, em virtude do assassinato de Pinheiro Machado, no dia em que deveria ser diplomado, em setembro de 1915.